Nos tempos da Ditadura a censura, o chamado lápis azul, era exercido por um grupo de velhos do Restelo, caducos e maduros, que, como se viu, caíram de podres .
Fizeram de Portugal um País triste, cinzento e inculto. A censura manifestava-se poderosa , incisiva e repressiva em todos quadrantes da sociedade portuguesa.
Agora, 35 anos passados, em que esses tenebrosos anos se foram apagando na nossa memória, se caminha para a construção de uma sociedade aberta , em que a liberdade de expressão é um dos seus pilares, começam a toldar o horizonte, nuvens bem escuras que são um prenúncio de que o Poder instalado começa a querer regredir para esses tempos outra vez , com contornos escandalosos, uma vez que, a pressão externa, parece estar nas decisões tomadas.
Veja - se o caso escandaloso do jornal da noite de sexta - feira com Manuela Moura Guedes, e agora o livro do ex - inspector da PJ Gonçalo Amaral, A Verdade da Mentira, sobre o caso Madie.
Ambos com características comuns: no primeiro caso pressão da PRISA sobre a Média Capital empresa que administra da TVI, e no segundo a mão do PM de Inglaterra, Gordon Brown ( já sentida no inicio do caso da menina desaparecida no Algarve ) com total tolerância do Governo Português e daqueles que directamente têm responsabilidades mais abaixo e que são os que depois aparecem como executores daquelas pressões.
Assim vai Portugal, um País que derrubou uma ditadura, sem derramamento de sangue, e que foi exemplo, para que muitos, se livrassem de outros ditadores.